6 de jul. de 2010

Reviews: Iron Maiden "The Final Frontier"


Um álbum novo em folha do IRON MAIDEN é um grande acontecimento e sempre esperamos o melhor desta banda lendária. Mas nada nos preparou para o incrível assalto sonoro que dá início a este 15º álbum. Um violento ataque de riffs brutais, atonais, camadas de batidas tribais e toques atmosféricos dignos do "Somewhere in Time" (1986) são ouvidos na abertura ["overture"] deste álbum ambicioso, épico em todos os sentidos.

Nota do tradutor: o original da resenha abaixo é assinado pelo jornalista canadense Adrien Begrand, e até o momento permanece como informação extra-oficial. Via Twitter, o "resenheiro" de longa data limitou-se a fornecer um link com uma foto do artigo impresso, que pode ser vista logo abaixo. Ele alega estar sujeito a um acordo temporário de confidencialidade, que já está se encerrando.
A imagem, que repercutiu em fóruns como o do site maidenfans.com, mostra os comentários sobre "The Final Frontier" entre as resenhas de um álbum do ANATHEMA lançado em 31/05/2010 e outro do WATAIN que saiu em 08/06/2010. Sem a foto (veja no final), talvez fosse mesmo impossível acreditar em boa parte do que se segue...
 

Iron Maiden - The Final Frontier
(EMI - lançamento em 16/08)

 
Ao contrário de todos os álbuns desde "Seventh Son of a Seventh Son" (1988), a primeira faixa não usa um single como introdução, mas uma canção de oito minutos e meio. [Nota: mais tarde o autor se desculpou em seu blog pelo erro, que ele próprio considerou imperdoável, dados os 11:17 minutos da versão de estúdio de "Sign of the Cross", que não aparece em nenhum single e abre o álbum "The X Factor", de 1995]. "Satellite 15… The Final Frontier" começa com uma abordagem direta de Adrian Smith, bem próxima a de um [material do] UFO: uma faixa muito vibrante, destinada a virar uma de suas melhores ao vivo.
A ordem das músicas é crucial. A grudenta "El Dorado", o hino "Mother of Mercy" e a suprema "Coming Home" brindam o ouvinte com seus riffs poderosos e ótimas melodias. Fica claro desde o início que o "The Final Frontier" tem um clima de aventura, como o título sugere.
Baseada em teclados, "Starblind" mistura batidas arrítmicas (chocante?) executadas com excelência por Nicko McBrain e ótima performance vocal de Bruce Dickinson. "The Talisman", co-escrita por Janick Gers, traz uma atmosfera teatral bastante apreciada pelos fãs e na qual a banda sempre encontra muito sucesso.
"Isle of Avalon" encontra a mitologia galesa (celta?) enquanto a banda cria uma tensão incrível, levando a uma parte excelente do baixista Steve Harris, um de seus solos mais expressivos num álbum do Iron Maiden em muito tempo. Por mais forte que seja o álbum, o melhor é guardado para o fim, com uma faixa de 11 minutos intitulada "Where the Wild Wind Blows". Harris, admitindo que seu estilo pode ser previsível, optou por não incluir evoluções passo-a-passo ["crescendos"] e explosões galopantes; ele simplifica sua abordagem, mantendo uma ambientação firme ao longo de toda a canção. O resultado: uma de suas composições mais brilhantes, com uma certa melodia celta, as frases contidas de Bruce Dickinson e o personagem trágico de Steve Harris, que levarão o ouvinte a uma viagem pelas esferas mais elevadas.
Ficamos satisfeitos quando nossas bandas favoritas lançam bons álbuns depois de uma longa carreira, mas a forma como o Iron Maiden está se reinventando é extraordinária. Os quatro últimos álbuns marcam seu melhor período criativo desde os dias gloriosos dos anos 1980, e "The Final Frontier" é um novo ápice na trajetória da banda.



Fonte: Whiplash!  
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