Pesquisa com grafeno, material supercondutor, leva Nobel de Física
Dois russos vão receber o Nobel de física por pesquisas com um material ultrafino - tirado do grafite do lápis comum - que promete trazer uma revolução para a indústria de eletrônicos.
E não é que o futuro se escondia na ponta do lápis? Do grafite, o cientistas russos agora premiados com o Nobel produziram o grafeno. Um material ultrafino e ultraresistente que, de quebra, conduz energia com mais velocidade do que o silício usado nos computadores atuais.
Mas como afinal Andre Geim e Konstantin Novoselov descobriram o supermaterial? Foi com o que eles ironicamente chamam de "técnica da fita adesiva".
Seis anos atrás, eles aplicaram uma fita adesiva comum ao grafite retirado da ponta de um lápis e conseguiram criar uma lâmina de carbono da espessura de um átomo.
O estudo chegou a ser rejeitado por uma revista especializada antes de virar uma obsessão, abrindo um novo campo na ciência.
Um experimento feito na Universidade Columbia em Nova York mostrou que uma folha de grafeno esticada sobre uma xícara de café seria suficiente pra aguentar tranquilamente o peso de um caminhão. É um material tão impressionante que além de ser transparente e 200 vezes mais forte que o ferro, é flexível, abrindo inúmeras possibilidades.
O grafeno pode ser o futuro dos chips de computador e das telas de TV. Tem aplicações previstas também na área de energia solar.
Andre Geim e Konstantin Novoselov |
Hoje, quando posaram pras câmeras em frente à universidade de Manchester, onde trabalham, os pais do grafeno não pareciam nem aí pras dez milhões de coroas suecas -- o equivalente a R$ 2,5 milhões -- que botaram no bolso.
Fonte: G1
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