Nos anos 1980, os irmãos Michael (guitarra e voz) e Robert Sweet (bateria), ao lado de Oz Fox (guitarra) e Tim Gaines (baixo), eram mais uma banda na Sunset Strip, a avenida de Los Angeles (um trecho do lendário Sunset Boulevard) que acumula casas de shows, de onde despontaram Guns N’Roses, Quiet Riot, Mötley Crüe, Ratt e outras bandas de sucesso na época (algumas, até hoje). O grupo começou com o nome Roxx Regime, mas o sucesso veio mesmo quando passou a se chamar Stryper e incorporou duas características: os músicos só usavam preto e amarelo, e as canções passaram a falar sobre Jesus Cristo e fé.
— Sempre fomos músicos de rock, mesmo antes de sermos cristãos — diz Michael Sweet, por Skype, minutos antes de embarcar de Curitiba para a Argentina. — É claro que temos orgulho de ser quem somos e do que acreditamos, mas às vezes essa história de rock cristão é um pouco reducionista. Se alguém me diz que existe uma boa banda de metal, eu vou lá dar uma olhada. Se a informação é a de que é um grupo satanista, eu já não vou. É por aí.
Depois de quase 30 anos de carreira, o Stryper — que não usa mais roupas no estilo “Bee movie” e nem joga mais tantas Bíblias para o público como fazia nos velhos tempos — se apresenta pela primeira vez no Rio neste domingo, no Circo Voador. A banda encerra na cidade uma passagem por seis palcos brasileiros, com a fugidinha para a Argentina no meio. Apesar da estreia carioca tardia, o Stryper é uma banda muito popular na América Latina. Depois de uma década parada, na virada do século, foi uma ida a Porto Rico que sacramentou a volta aos palcos.
— Nós estamos até hoje tentando descobrir por que os latinos gostam tanto de nós — diz o cantor, que passou pela lenda do soft rock Boston, entre 2008 e 2011. — Acho que pode ser pelo respeito que existe por Deus aqui. Somos sempre bem recebidos.
Ele confessa que, quando deixou a banda em 1992 — o sucesso de discos como “To hell with the devil” (1986) e “In God we trust” (1988) já se diluía nos ares do grunge —, não imaginava que estaria excursionando pelo Brasil duas décadas depois.
— Achei que tudo tinha acabado, cada um foi para o seu lado, eu me mudei da Califórnia para a Costa Leste — lembra. — Agora estamos juntos há mais tempo do que na época em que formamos a banda. Tenho que acreditar que Deus tem alguma coisa a ver com isso, né?
Depois da turnê sul-americana, a banda volta para os EUA pensando em um novo disco.
— Vou trabalhar nas novas composições nas últimas semanas do ano, e por volta de janeiro ou fevereiro vamos para o estúdio — diz o cantor. — O novo disco deve sair por volta do segundo semestre de 2015, e queremos que a turnê passe novamente pelo Brasil
Fonte: http://oglobo.globo.com/blogs/ultimatum/posts/2014/12/12/o-rock-de-cristo-do-stryper-556783.asp
retirado: Templo Metal
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